Órgãos Fonoarticulatórios

As dificuldades comumente encontradas nas alterações fonoaudiológicas na ELA decorrem da fraqueza e incoordenação da musculatura dos órgãos fonoarticulatórios, como lábios, da língua, do véu palatino e também da faringe, laringe e esôfago. Além disso, estão associadas a diminuição da capacidade ventilatória / respiratória do paciente, interfererindo nas funções de voz, fala, mastigação e deglutição. 

​

As dificuldades na mastigação se apresentam em forma de diminuição de força, podendo levar a fadiga e incoordenação de movimento desta musculatura. Associado, teremos as alterações de toda a musculatura envolvida no processo da deglutição, levando a chamada disfagia.

​

Outra queixa muito frequente é quanto a saliva, no qual os pacientes referem um acúmulo em região orofaríngea, com dificuldade em degluti-la, levando a engasgos e/ou sialorréia. Para o tratamento das alterações da deglutição de saliva, os médicos podem entrar com medicações que levam a xerostomia, associado a orientações fonoaudiológicas de uma boa higiene oral e manobras / exercícios que visem mobilização de secreções.

​

As dificuldades de comunicação que envolvem voz (disfonia) e fala (disartria) também decorrem da diminuição da força e incoordenação da musculatura da região: orofacial, faríngea e laríngea. A associação das dificuldades de fala e voz, associadas ao deficit na capacidade ventilatória, são chamadas de disartrofonia.

 
O fonoaudiólogo, como membro da equipe interdisciplinar, exerce um papel fundamental na manutenção das funções de comunicação e de deglutição destes pacientes, por meio de estratégias para serem realizadas em domicílio.